Associação Consciência Ecológica

Bacia
Pinheiros-Pirapora
Cidade
São Paulo/SP
Corpo d´Água Monitorado
Aricanduva
Ponto Monitorado
sob. Av. Ragueb Chof -23.594127400346,-46.434636489387
Tipo
ONG Ambientalista
Faixa Etária
Misto

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Sobre o Grupo

Em busca da origem do Aricanduva Liderança na Cidade Tiradentes (SP), Jesulino Alves monta ONG para realização de caminhadas ecológicas, forma grupo para monitorar água no bairro, vai atrás da localização das nascentes do Aricanduva, e propõe metas concretas para criação de um parque estadual na área Responsável pela implantação dos telecentros de inclusão digital do governo federal em algumas cidades do Estado de São Paulo, o administrador de recursos humanos Jesulino Alves de Souza tem se especializado na parceria com entidades da sociedade civil. Nesse caso, as entidades passam a abrigar salas que funcionam como espaços abertos à população, com acesso gratuito à Internet, correio eletrônico, busca de emprego, cursos de informática, oficinas e atividades de capacitação, atendimento bancário, entre outros serviços públicos oferecidos pelos órgãos dos três níveis de governo on-line . Embora a meta seja chegar ao difícil número de 1 mil telecentros implantados no país até final de 2006, muitos já estão em funcionamento como modelos nos bairros paulistanos. Já comprometido com a montagem desses centros de inclusão digital durante a gestão de Marta Suplicy em São Paulo, Jesulino se aproximou especialmente da população da Cidade Tiradentes quando implantou um dos telecentros da prefeitura no bairro, onde também vive com a família. Foi nesse ambiente que ele e mais dois colegas deram início à concretização de um antigo sonho de defesa e promoção de projetos ambientais. Em 2002, fundaram a SODEMAC – Sociedade para Defesa do Meio Ambiente e da Cidadania, ONG conhecida como Consciência Ecológica, que em nível local pretende resgatar o contato dos moradores com a natureza e sua qualidade de vida. “Às vezes brinco que virei especialista na implantação de projetos de informática e meio ambiente. Sou nascido na zona rural da Bahia e tenho um longo caminho de intimidade com a natureza. Desde criança gostava de ver passarinho no ninho, era contra usar veneno nas plantações e me preocupava com o desmatamento nas margens e nascentes de pequenos rios. Moro em São Paulo há 19 anos, mas nunca me conformei com a falta de cuidado com o meio ambiente da cidade grande”, coloca Jesulino. Só quando se mudou do centro para a periferia, porém, ele encontrou maiores possibilidades de diálogo com os moradores e pôde planejar as ações de sensibilização da população para as questões ambientais. Por meio da ONG, vem promovendo caminhadas ecológicas com grupos de 15 a 20 pessoas pelas trilhas e morros da Mata Sete Cruzes e dando ênfase às práticas individuais da educação ambiental. Durante as caminhadas, também aproveita para fazer comparações com outras áreas degradadas da Cidade Tiradentes. Foi nos computadores do telecentro, no entanto, que ele descobriu o projeto do Núcleo Pró-Tietê de monitoramento dos afluentes do Tietê e decidiu se envolver com a preservação dos recursos hídricos. “Fiquei logo interessado, pois vai de encontro com meus valores pessoais, de que só mudamos as coisas por meio de gestos concretos, não adianta querer convencer os outros com argumentos teóricos, é preciso mostrar na prática o quanto podemos fazer. Quando vamos monitorar as águas do Aricanduva, o melhor é ver as pessoas curiosas, se interessando pelo porquê de estarmos ali e pela situação do rio”, revela Jesulino. Embora o grupo de monitoramento seja pequeno, formado por cinco membros da ONG, eles decidiram sair atrás das nascentes do Aricanduva e verificar de perto como a poluição do curso d’água implicava na qualidade ‘péssima’ das análises próximas à avenidas Raqueb Choffi com Aricanduva. Para isso, precisaram subir o Morro do Cruzeiro, passar por duas favelas, ‘pular a cerca’ de alguns sítios que existem ali, até penetrar no trecho onde a água brota límpida dentro da mata. Foi nessa hora que o grupo obteve uma das conclusões mais marcantes e desoladoras do processo de monitoramento: a ocupação humana do entorno faz com que, a menos de 500 metros da nascente, a água se contamine com o despejo de uma fábrica de cerâmica, seguida pelo esgoto de uma criação de porcos, até a falta de saneamento das ocupações irregulares na encosta. Último refúgio de ecossistemas preservados na zona leste da capital, a Mata Sete Cruzes inspirou então uma nova postura no grupo, que indignado com a ameaça às nascentes do Aricanduva, partiu para uma ação concreta. Com base nos resultados do monitoramento, eles elaboraram um relatório técnico indicando como solução para o caso a criação de um parque estadual na área, incluindo ações de fiscalização e educação ambiental. Segundo o relatório, divulgado em rádios com CBN e entregue à Promotoria do Meio Ambiente de São Paulo, a mata inclui quatro municípios e pode formar um corredor de ligação com o Parque Estadual da Serra do Mar. “É a única solução possível antes da pressão antrópica fazer o remanescente desaparecer. Ao invés de bater de frente com os agressores ou enfrentar os intermediários que vendem lotes para terceiros no morro, preferimos adotar uma postura pró-ativa, visando proteger o que ainda resta. Ninguém quer ser herói, mas só o gesto de transformar aquela parte da cidade num parque poderá salvar esse último refúgio de mata atlântica”, acredita Jesulino, que defende a integração do meio ambiente à política habitacional como condição para o sucesso da conservação regional. JESULINO TEM FOTOS DO MONITORAMENTO E DAS NASCENTES

Período de Análises:

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